segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Adubação verde, futuro distante?

 Com o desafio de aumentar a produtividade sem um acréscimo no uso de fertilizantes sintéticos, é possível a utilização de um adubo verde como cultura antecessora, nessa linha de trabalho o objetivo é o aumento da produtividade de uma forma sustentável, visando uma fatia maior de lucro para quem produz e também um ganho para o meio ambiente, tendo em vista a redução de produtos advindos de combustíveis fósseis. Um fator limitante do uso desse insumo é o custo (da ordem de R$250,00 ha-1), porém através de ganhos com a diminuição da adubação de base , principalmente com o nitrogênio é possível um retorno desse investimento, contudo assumindo que este manejo traga não só ganhos de produtividade por conta da fixação biológica de nitrogênio, mas também pelas melhorias para a área de cultivo como a redução da população de nematóides, supressão de plantas daninhas e o controle na erosão.  É sabido que podemos fazer o plantio do adubo verde de diversas formas, onde podem ser plantadas isoladamente, ou em consórcios (juntamente com a cultura principal), podendo estás serem incorporadas ou mantidas sobre o solo.
    É importante salientar a importância na hora da tomada de decisão quanto a qual espécie será utilizada no manejo, assim a teoria da alicerce para a prática, onde é visto que as gramíneas por terem relação C/N maior, tem uma decomposição mais lenta e protege o solo por mais tempo, por outro lado temos as leguminosas que contribuem com um aporte maior de Nitrogênio, porém com decomposição rápida, sendo a quantidade de palhada de suma importância para a manutenção da água no solo, conservação do solo e quantia de matéria orgânica.

Sistema radicular da Crotalária mostra a capacidade de segurar o solo e a quantia de matéria seca produzida pela espécie, além dos vários benefícios a física do solo.


    A questão que é preciso abordar é o quanto estamos trabalhando com os adubos verdes?
No curso de Engenharia Agronômica temos poucas matérias que abordam o tema, 2 ou 3 disciplinas no máximo, assim com profissionais despreparados, como iremos implantar essa alternativa sustentável na agricultura? 
    Como fazer uma extensão onde o sistema é visto como um todo e não como um agende que responde a uma necessidade, mas sim uma estratégia que articula diversos fatores e estes devem ser levados em conta na tomada de decisão.
    É papel dos atores da agricultura nacional o apoio a essa alternativa e uma dependência menor das empresas de fertilizantes, porém ainda se tem poucos empresas de sementes de adubo verde ( comparando com outros insumos), e assim o alto custo e a pouca informação desanima o produção que é o menos culpado da pouca utilização desse manejo.

    Para quem quer ter mais informações sobre manejo de adubos verdes, vou deixar um link de um trabalho da universidade de Caxias do sul que trata do assunto de uma forma prática, além de abordar  um pouco sobre o tema da compostagem.

    Também disponibilizo um vídeo da Embrapa que mostra com detalhes alguns benefícios do uso da adubação verde e seu uso no cerrado em parceria com o Plantio direto.




Um abraço!


Breno do Nascimento




Um iniciante.. iniciando

Meu nome é Breno do Nascimento, 21, sou aluno do último ano do curso de Engenharia Agronômica na Universidade de São Paulo (USP), mais especificamente no Campus de Piracicaba, na Gloriosa ESALQ, aos mais habituados entenderão o tachado no inicio da proza, aos menos, é apenas uma brincadeira dos alunos filhos da gloriosa, já que está foi fundada anteriormente a USP, e por isso dizemos sermos  da ESALQ e não da USP. 
Bom, vamos ao inicio, nem sempre me interessei pelo mundo agro, porém desde sempre tive a influência desse universo, filho de país que sempre trabalharam no campo, o nosso dia-a-dia dentro de casa sempre foi rodeado de histórias do campo e de princípios vindos da famosa "roça", digo nós, pois tenho um irmão, mais velho, que é também do mundo agro, agrônomo,  formado a pouco, também teve um papel importante na minha escolha, acima de tudo me inspirou. Também quando menino sempre tive a curiosidade pelas plantas, plantava feijões no gramadinho da casa, estava sempre pronto para ir pro sitio, e quando o assunto era ir pra Goiás na fazenda do tio, ahhh nem dormia.
Saindo do pessoal e voltando pra Gloriosa, um balanço sobre a graduação, estive sempre envolvido em estágios nem sempre com o empenho necessário, mas sempre envolvido, no inicio da graduação o foco era em biocombustíveis e o ensino a crianças do ensino público de Piracicaba, onde aprendi muito sobre muita coisa, o convívio com pessoas diferentes e com pensamentos diferentes me fizeram mais tolerante e digo até, mais inteligente. Já no segundo ano fui fazer agronomia, onde de lá até este ano trabalhei com melhoramento genético de plantas, logística agroindustrial e manejo de solos. hoje me descobri e achei minha área de atuação, gosto de produzir, de estar com o produtor, atuante, onde estar no campo é inspirador, e a possibilidade de conhecer cada canto do nosso país é um sonho que espero que seja realizado.
Sobre o blog: Não sou um grande escritor, logo aviso, nem mesmo um aluno ou pré-agrônomo ( termo recém inventado) excelente, mas vejo que posso contribuir com o pouco que sei e aprender muito com essa ferramenta e com possíveis discussões. O objetivo do blog é então não apenas passar informações, ou explicar uma forma de manejo ou outra, é um canal de discussões onde poderei dar minha opinião sobre o que está acontecendo na agricultura, ou mesmo no mundo. Contudo irei me restringir mais a temas como manejo de culturas, economia agrícola, logística agroindustrial, doenças e pragas e maquinas agrícolas.
Espero também postar textos de amigos de outras áreas, principalmente nos quesitos maquinas agrícolas, gestão de pessoas , adequação ambiental e aviação agrícola.
Obrigado!

Breno do Nascimento
Futuro Eng. Agrônomo

Contato: brenodonascimento@gmail.com